terça-feira, 23 de agosto de 2011

Respostas da entrevista concedida ao Jornal O Fluminense.

Respostas, na íntegra, dos atletas e treinador da equipe NRFC/CHRJ para a matéria da Revista do Jornal O Fluminense.

Nome:Luciano Rocha Peçanha
Idade:39
Profissão:Professor
É niteroiense? Sim

Nome: Thiago William de Oliveira Nunes de Almeida
Idade: 22 anos
Profissão: Estudante
É niteroiense? Não

NOME: MÁRIO POMBO JR.
IDADE: 32 ANOS
PROFISSÃO: EMPRESÁRIO
CIDADE NATAL: NITERÓI (COM MUITO ORGULHO)


O Fluminense - Há quanto tempo joga handebol?

Luciano - Comecei a jogar handebol com 10 anos de idade.
T. William - 5 anos.
Mario Pombo - JOGO HANDEBOL DESDE 1990, OU SEJA HÁ 22 ANOS....

O Fluminense - Como começou no esporte?

Luciano - Comecei na escola. Um dia fui acompanhar a minha irmã ao treino de handebol da escola, ela fazia parte da equipe do colégio e precisou de mais um jogador para completar o coletivo, foi assim...

T. William - Comecei jogando na escola, nas aulas de Educação Física e com isso fui convidado a jogar na equipe do colégio, assim disputando algumas competições estudantis.

Mario Pombo - COMECEI NA ESCOLA, SOU EX-ALUNO DO CENTRO EDUCACIONAL DE NITERÓI, INCENTIVADO PELO PROFESSOR LUIZ ANTÔNIO BRASIL.


O Fluminense - Como entrou no Niterói Rugby?

Luciano - Depois que comecei a jogar handebol pela escola, participei de competições escolares e comecei a me destacar. O caminho natural, na minha época, para quem quisesse crescer no handebol era ir treinar no Niterói Rugby. Ainda é a melhor opção para quem deseja desenvolver o seu handebol.

T. William - Através do retorno do técnico Luciano Peçanha ao Niterói Rugby. Já trabalhava com ele desde 2007 no Rio e recebemos esse convite.

Mario Pombo - COMO COMECEI A ME DEDICAR MAIS NOS TREINOS E JOGOS ESCOLARES, O PROESSOR BRASIL ME CHAMOU PARA TREINAR NAS CATEGOTRIAS DE BASE DO NITERÓI RUGBY, PASSANDO POR TODAS AS CATEGORIAS ATÉ CHEGAR AO TIME PRINCIPAL.

O Fluminense - Por que o Niterói Rugby se uniu ao Clube de Handebol do Rio de Janeiro?

Luciano - Eu joguei dos meus 17 anos até os 26 no Niterói Rugby, depois joguei pelo Vasco da Gama, América F. C., Universo e outras equipes. Minha atividade como treinador começou nas categorias de base do Niterói Rugby em 92, mas desde 2004, quando estava no América, venho montando uma equipe adulta e jogando Estaduais com parte desse grupo, que já teve passagem também pelo Vasco da Gama. No entanto, por ser muito difícil trabalhar com handebol em clubes que não tem tradição e não se interessam por esse esporte, esse mesmo grupo, em 2009, resolveu criar o seu próprio clube, o Clube de Handebol Rio de Janeiro - CHRJ. No início de 2010, houve uma combinação de interesses para que eu fosse o treinador do NR e consegui unir o grupo que trabalhava comigo no Rio de Janeiro e o grupo de atletas que já estavam no Niterói, todos formados na base do clube. Essa combinação deu certo e por isso, no ano passado, fomos campeões estaduais de praia e quadra além de vice-campeão brasileiro da 1ª divisão e vice-campeão dos Jogos Abertos do Interior (JAI).
Essa união com o CHRJ, do qual sou Presidente, praticamente não existe, pois a nossa equipe joga com a camisa e as cores do Niterói Rugby, treinam em Niterói e é apaixonada pelo NR.

T. William - Para o NRFC continuar com uma equipe forte no handebol adulto masculino e dar seguimento, pelo menos em mais um ano, ao trabalho realizado em 2010.

Mario Pombo – O PRINCIPAL MOTIVO DA UNIÃO AO CHRJ FOI PARA QUE A EQUIPE ADULTA, ATUAL CAMPEÃ ESTADUAL DA CATEGORIA, PUDESSE SER MANTIDA POR MAIS UM ANO. HAJA VISTO QUE O TÉCNICO LUCIANO, INSATISFEITO COM A FALTA DE APOIO , RESOLVEU DAR CONTINUIDADE A UM SONHO DE CRIAR UM CLUBE EM QUE PODERIA TER A CHANCE DE ARRECADAR ALGUM AUXÍLIO PARA O SEU TRABALHO.

O Fluminense - Quais campeonatos de handebol você já venceu?

Luciano - Já joguei muitas competições e em grandes equipes, citarei os títulos mais importantes: Campeão Brasileiro Juvenil (90) e Campeão Brasileiro Junior (91) pelo Niterói Rugby. Na base fui campeão estadual em todas as categorias e tenho cinco títulos estaduais adultos: Niterói Rugby (92); Vasco da Gama (98/99/00) e o mais importante de todos, o título estadual como treinador pelo Niterói Rugby (2010), no ano passado.
Apesar de não ter vencido nenhuma, também tenho muito orgulho de ter jogado sete Ligas Nacionais por equipes do nosso Estado: Vasco da Gama (98,99 e 2000); Rio de Janeiro H. C. (2003); Universo (2004) e Grande Rio (2006 e 2007).

T. William - Campeonato Carioca (2010), Circuito Estadual de Handebol de Areia (2010) e alguns torneios regionais e/ou comemorativos.

Mario Pombo – DIVERSOS CAMPEONATOS NAS CATEGORIAS DE BASE, TANTO DO CLUBE COMO NA ESCOLA, VICE CAMPEÃO PELO ESTADO DO RIO DE JANEIRO NO CAMPEONATO BRASILEIRO DE SELEÇÕES, VICE CAMPEÃO ANO PASSADO DO CAMPEONATO BRASILEIRO DE CLUBES, CAMPEÃO ESTADUAL 2010 E TERCEIRO LUGAR NA COPA DO BRASIL DESTE ANO.

O Fluminense - Quais são as maiores dificuldade de se manter como atleta no Brasil?

Luciano - Na verdade tudo é difícil, treinar a quantidade de vezes o suficiente para melhorar a sua performance, descansar corretamente, se alimentar adequadamente e ser recompensado financeiramente pela sua dedicação a aquela tarefa. Isso implica em muitas coisas, principalmente estruturais, falta apoio e um projeto esportivo mais alinhado as necessidades de cada esporte e público. Também faltam mais ginásios e arenas esportivas.

T. William - No caso do handebol, a maior, é a falta de investimentos no esporte. Muitos clubes e equipes não têm condições de manter uma equipe de alto nível com uma boa estrutura, conseqüentemente não têm como assalariar os atletas, esses então não têm condições de viver do esporte.

Mario Pombo - A PRINCIPAL DIFICULDADE DOS ATLETAS NO BRASIL VÊM DA FALTA DE APOIO PUBLICO PARA O DESENVOLVIMENTO DE QUAIQUER MODALIDADE OLÍMPICA, AQUI PRATICADA, TENDO COMO REFERÊNCIA O HANDEBOL, AMPLAMENTE PRATICADO NAS ESCOLAS DE TODO O NOSSO PAÍS, FALTA UMA POLÍTICA QUE INCENTIVE A CRIANÇA A PERMANCER NO ESPORTE LEVANDO-O MAIS A SÉRIO ALMEJANDO FUTURAS CONVOCAÇÕES PARA DISPUTAS MAIS IMPORTANTES.

O Fluminense - É possível se sustentar no Brasil como atleta? Ou é necessário procurar outra profissão?

Luciano - Hoje a maioria dos projetos esportivos da nossa modalidade no Brasil possui esse tripé: Prefeitura, Universidade e Patrocinador. A Prefeitura entra normalmente com a estrutura logística: ginásio, transporte, estágios para os atletas em projetos da prefeitura; a Universidade entra normalmente com bolsas de estudo para os atletas e também com logística; e o Patrocinador normalmente fica responsável pelos salários, ajuda de custo e alimentação. Por isso, normalmente todos os atletas estudam e possuem profissões paralelamente a vida de atleta. Mas tudo depende do nível em que se joga: se é jogador de seleção, se joga a Liga Nacional ou se é um jogador de nível estadual como os atletas do NR. Todos nós temos outras profissões.

T. William - No handebol aqui no Brasil é complicado. Só algumas equipes de São Paulo, algumas do sul e outras pouquíssimas têm estrutura suficientemente profissional. Esses atletas mesmo com salários baixos conseguem se sustentar com o suporte também de alguns outros auxílios. Mas isso é uma parcela muito pequena dos praticantes de handebol. Por isso, como exemplo aqui no Rio de Janeiro, todos os atletas têm outra profissão.

Mario Pombo - A AUTOSUFICIÊNCIA FINANCEIRA APENAS COM A PRÁTICA DO HANDEBOL É UM SONHO MUITO DISTANTE DE NOSSA REALIDADE. TODOS OS DIAS TEMOS QUE TRABALHAR, ESTUDAR, TREINAR NESTA ORDEM, OU SEJA O ESPORTE FICA COM O RESTO DE ENERGIA QUE TEMOS PARA CADA DIA, SENDO ASSIM EXISTE UM DÉFICIT MUITO GRANDE AOS PAÍSES QUE PRIORIZAM O DESENVOLVIMENTO DE SEUS ATLETAS E EQUIPES EM PRIMEIRO LUGAR.

O Fluminense - Quais os benefícios que a prática do handebol pode trazer para crianças e jovens que o praticam?

Luciano - São vários os benefícios: sociais, físicos e psicológicos. Mas tudo depende de como é conduzido o trabalho. O ambiente esportivo é muito rico e o esporte é um fenômeno social que trabalha muito com o emocional das pessoas, não vejo como separar os ganhos, eles são complementares e sempre se somam, quando estou bem fisicamente isso se reflete numa maior auto-estima e interfere no meu comportamento social. Quando treino durante a semana e consigo por em prática o que treinei nos jogos, passo a compreender o valor do sacrifício e do merecimento para se conquistar vitórias e títulos. Como eu disse: “Tudo depende de como o trabalho é desenvolvido.”

T. William - Como em todo esporte, é uma ferramenta de inclusão social. Uma maneira de jovens e crianças saírem do ócio, onde poderiam estar iniciando em práticas erradas. Além da integração com outras crianças, também podemos ressaltar os benefícios físicos que essa criança ou jovem terá com a prática desse exercício.

Mario Pombo –
FORMAÇÃO DE CARÁTER, DISCIPLINA, DESENVOLVIMENTO FÍSICO E MENTAL.

O Fluminense - Como o governo e a iniciativa pública podem contribuir para a formação de jovens atletas?

Luciano Peçanha - Desenvolvendo projetos esportivos sérios, sem objetivos eleitorais ou que sirvam de cabide de emprego em troca de apoio político; construindo espaços públicos para a prática esportiva e dando apoio aos clubes da cidade que fazem trabalhos esportivos.

T. William - Investindo em clubes e incentivando projetos de formação de atletas. Destinar verbas públicas para essa questão específica. E podem ajudar a estimular empresas a investirem no esporte e no clube formador do atleta.

Mario Pombo - Não respondeu.

O Fluminense - Que dificuldades você já passou para poder participar das competições e / treinos?

Luciano - Já fiz e faço muita coisa, as dificuldades existem, mas elas também separam os guerreiros dos comuns. Hoje, o handebol praticado no Niterói Rugby é composto por atletas muito resistentes, que sabem o que quer e que tem objetivos comuns, pessoas que não enxergam a dificuldade como uma barreira intransponível, mas um desafio a ser superado.

T. William - Inúmeras. Além de dividirmos as maiorias (se não todas) das despesas decorridas das nossas participações e treinos, fica ainda assim muito “pesado“ para uns. Além das dificuldades financeiras existe a dificuldade de tempo (por muitos não terem condições de se dedicar somente ao handebol em virtude de terem a 2ª profissão). Precisamos adequar todo o nosso tempo para conseguir espaço para todas as outras coisas da vida.
Minha maior dificuldade foi ter que vender alguns objetos pessoais como aparelho mp3, trocar aparelho celular por mais barato, vender bicicleta entre outras, a fim de ter dinheiro para custear uma viagem a competição.
Em relação à bicicleta é até engraçado, pois hoje em dia utilizo outra emprestada para comparecer aos treinamentos por ter dificuldade em conseguir o dinheiro de passagem de ônibus.

Mario Pombo - PASSAMOS DIFICULDADES A TODO INSTANTE, DESDE AS MAIS BÁSICAS COMO LOCAIS PARA TREINAR, MATERIAL E ETC... ATLETAS QUE SE MACHUCAM DEPENDEM DA BOA VONTADE DE EX-ATLETAS PARA QUE SEJAM TRATADOS. PARA IR A COMPETIÇÕES DESDE QUE ME ENTENDO POR GENTE FAZEMOS RIFAS, PEDÁGIOS, ALMOÇOS, CHURRASCOS E TUDO QUE ESTA AO NOSSO ALCANCE PARA QUE NÃO SEJA DEIXADO NUENHUM MEMBRO DO TIME DE FORA DAS COMPETIÇÕES.

O Fluminense - Em média, quanto custa à inscrição e participação em um campeonato brasileiro?

Luciano - Pagamos uma taxa 300,00 reais por equipe em cada competição e mais taxas individuais de aproximadamente 20,00 reais por jogador. Mas o mais caro são as viagens, alimentação, transporte e o tempo que temos que ficar nessas competições longe do trabalho, família e os compromissos que temos para manter as nossas despesas pagas.

T. William - Por serem realizadas constantemente no norte/nordeste, as despesas de deslocamento são as mais altas somadas a de alimentação. Alojamento em si é parte da organização. Mas mesmo assim são muito caro essas viagens e o custo depende muito do local e do tempo de competição.

Mario Pombo - NÃO SEI QUANTO CUSTA A INSCRIÇÃO.

O Fluminense - Já que o time não tem patrocínio, como vocês conseguem viajar para as competições?

Luciano - Através de muito esforço pessoal e com a ajuda de parceiros e amigos. Fomos recentemente disputar a Copa Brasil de Handebol, em Juiz de Fora (MG). Fizemos uniforme novo, para isso cada jogador contribuiu com uma grana e alguns empresários amigos também nos ajudaram com um valor maior. A nossa parceira “JC2 Esportes”, empresa que organiza competições esportivas universitários, arrumou a grana do transporte e os próprios atletas pagaram as despesas de alimentação e ficamos alojados em um quartel do exército.

T. William - Dividimos os custos entre os atletas, contamos com ajuda de alguns amigos, e de alguns ex- jogadores. Confeccionamos peças do clube e adesivos para vendê-los a fim de arrecadar dinheiro para viajar, entre outras maneiras

Mario Pombo - PARA AS COMPETIÇÕES NACIONAIS, CONSEGUIMOS UMA PARCERIA COM A JC2, EMPRESA QUE PROMOVE EVENTOS ESPORTIVOS, PARA QUE OS ATLETAS EM TROCA DO DINHEIRO DA PASSAGEM MAIS O CUSTO COM A ALIMENTAÇÃO DURANTE O CAMPEONATO TRABALHASSEM NESTES EVENTOS EM TROCA DESSE AUXÍLIO.

O Fluminense - O Luciano me falou sobre o esquema de trabalhar em eventos para juntar dinheiro para as competições. Como funciona essa situação?

Luciano - O que acontece é que esse parceiro, a JC2, nos ajuda de muitas formas, quase sempre pagam as inscrições e taxas administrativas, mas o investimento não cobre todos os custos, por isso eles aumentaram as possibilidades para nos ajudar. Quando acontecem os eventos organizados pela empresa, trabalhamos nesses eventos como equipe de apoio, essa remuneração extra nos ajuda a pagar nossas despesas com o esporte. Fizemos isso no ano passado quando fomos de avião jogar o Brasileiro da 1ª divisão em Natal (RN), eles pagaram a passagem e trabalhamos pra eles no OREM, jogos entre estudantes de Faculdades de Medicina.

T. William - Trabalhamos em alguns eventos de uma empresa. E com isso, essa empresa nos ajuda com a divisão ou o pagamento total de algumas de nossas despesas.

Mario Pombo – Já respondi na pergunta anterior.

O Fluminense - Alguns atletas, quando recebem medalhas em competições internacionais, falam que a medalha é dele e não do país, já que o Brasil praticamente não contribui com seus atletas. O que você pensa sobre isso?

Luciano - Não concordo, pois não representam só o governo, representam uma nação, uma cultura, representam uma modalidade e outros atletas que também competiram com ele pelo direito de defender o país e perderam. Acho essa atitude desrespeitosa, mas compreendo a indignação e a forma de protesto. O mesmo acorreu conosco no ano passado, em proporções diferentes. A nossa equipe representou a cidade de Niterói nos Jogos Abertos do Interior (JAI) e não recebemos nenhuma ajuda da Prefeitura, nenhum transporte, nenhuma bola ou uniforme. Mas participar foi uma opção nossa, fomos representar a nossa cidade, nossos amigos, familiares e todos que praticam handebol na cidade.

T. William - Seria a resposta correta! Por exemplo: um dos únicos programas de apoio ao atleta chamado “Bolsa Atleta” é falho, incorreto e muitos atletas que tem direito não recebem esse auxílio ou recebem com muito atraso. O governo quer fazer grandes eventos no país, mas precisam pensar que precisam também de grandes atletas nesse evento. Por isso deveriam investir mais nesses atletas.

Mario Pombo - PENSO QUE NADA MAIS É DO QUE UM GRITO DE DESABAFO DEVIDO A TUDO QUE O ATLETA DEIXOU DE TER DURANTE TODA SUA VIDA, E AINDA CONSEGUIR UM RESULTADO DE EXPRESSÃO INTERNACIONAL, SENDO QUE NESSAS HORAS SEMPRE EXISTEM OS POLÍTICOS QUE SE APROVEITAM DA VISIBILIDADE MOMENTANEA, EM VIRTUDE DA CONQUISTA, PARA APARECER NAS FOTOS E FAZER MAIS FALSAS PROMESSAS DE APOIO FUTURO.

O Fluminense - O Niterói Rugby não tem patrocínio, mas tem três atletas na seleção de beach. A que se deve esse sucesso? Vocês acham que teriam resultados ainda melhores se tivesse apoio?

Luciano - Na verdade, os atletas em questão foram pré-convocados para uma fase de treinamento da seleção brasileira de handebol de praia e hoje já não seguem mais na seleção. No ano passado fomos campeões do Circuito Estadual de handebol de praia. Tradicionalmente o NR é um celeiro de craques no handebol, o NR foi o clube que projetou o melhor jogador de todos os tempos do handebol brasileiro, o atleta Bruno Souza. Existem atletas espalhados por grandes equipes do Brasil e na seleção brasileira que também começaram aqui. O Niterói Rugby comemora em 2011, 30 anos de handebol, o clube foi fundado em 73 e em 81 o handebol entrou no quadro esportivo do clube, de lá pra cá, muitos atletas já tiveram passagens pela seleção brasileira. Fizemos muita coisa sem investimento, com mais apoio seremos muito mais forte e teremos melhores resultados, não tenho dúvidas.

T. William - É resultado de um trabalho bem feito! Temos uma vasta e uma predisposição a ter atletas talentosos que mesmo sem patrocínios e investimentos dão excelentes frutos. Imagina se alguém olhasse por esses atletas. Imagina o potencial que teríamos nas mãos com o mínimo de investimento! Isso também serve para vermos, que não podemos “cruzar os braços” e esperar alguém ajudar. Devemos colocar a “mão na massa” e trabalhar, que mesmo assim os resultados aparecem. Mas surgiria melhor e com maior e mais facilidade com ajuda!

Mario Pombo – NÃO RESPONDEU.

O FLUMINENSE- Quais são os países com referência no handebol e como são as condições de treinamento nesses locais?

Luciano - Espanha e Alemanha possuem as melhores ligas da modalidade, mas atualmente a França e Dinamarca possuem as melhores seleções.

T. William – França, Dinamarca, Suécia, Espanha, Croácia...

Mario Pombo - O HANDEBOL É MAIS DIFUNDIDO NA EUROPA EM GERAL, TENDO O CAMPEONATO ALEMÃO E ESPANHOL COMO PRINCIPAIS VITRINES. LÁ OS GINÁSIOS APRESENTAM AS CONDIÇÕES IDEAIS PARA A PRÁTICA DA MODALIDADE E EXISTEM POLÍTICAS DE APOIS AOS PRATICANTES QUE SE PROFISSIONALIZAM E COSENSEGUEM ATINGIR O ALTO NÍVEL.

----------- FIM ------------

Obs: A matéria original que foi escrita pela repórter Prisca Fontes contém algumas informações que não foram citadas na entrevista, que foi concedida por perguntas e respostas via e-mail. A matéria contém informações erradas, vc pode ver a matéria colocada aqui no Blog. Ressaltando que a equipe de handebol do Niterói Rugby / CHRJ não recebeu nenhum apoio do governo do Estado do Rio de Janeiro e nem da Prefeitura de Niterói. Ficaremos felizes quando recebermos e faremos questão de comunicar à todos.

Muito obrigado ao capitão da equipe: Mario Pombo Jr e ao atleta Thiago William pela entrevista concedida.

Luciano Peçanha

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