segunda-feira, 18 de abril de 2011

FHERJ e CLUBES ... considerações sobre o handebol.

Congresso Técnico do Estadual de Handebol promovido pela FHERJ aconteceu no sábado, dia 16/04. (Adulto Masculino).
Quem representou a equipe do NRFC / CHRJ, foi o Diretor de Handebol Masculino do Clube de Handebol Rio de Janeiro, Srº Marcelo Mello.
Vou fazer o que tenho feito por obrigação, não existe prazer algum em escrever sobre o assunto, é apenas um exercício de indignação e desabafo.
Conceitualmente a FHERJ está equivocada no que diz respeito à forma correta de conduzir os campeonatos da modalidade, pelo menos em alguns pontos, vamos a eles:

 A FHERJ tem que trabalhar para o fortalecimento dos clubes e sua regularização, também trabalhar pela própria transparência administrativa, mostrando todos os seus custos e fontes de receitas. Mostrar que se preocupa com os clubes e que não é apenas o local de formação e encaminhamento de árbitros para as competições da modalidade;

 A FHERJ tem que facilitar e ao mesmo tempo dizer às regras que permitam um clube filiar-se a mesma. Nunca vi o estatuto da FHERJ, mesmo solicitando-o várias vezes, nunca consegui ter acesso a esse documento importante. Do jeito que está a organização dos clubes que participam das competições, um balaio de gato, o cenário favorece apenas aos aproveitadores e aos desonestos, os clubes tem obrigações administrativas que devem cumprir e a federação deve ser rígido com todos sobre essas questões. Não parece ser característica da atual gestão a desorganização, sendo assim, deve ser evitado pelo nosso órgão máximo, a participação de pessoas de má fé que são aventureiros e que acabam tendo o mesmo peso participativo do que equipes que tem anos de história no nosso ambiente esportivo. Mas é o que acontece, o voto do NRFC tem o mesmo peso do que uma equipe que entrou esse ano. Por isso temos que saber quem são os filiados, quem pode votar e quem não pode e quais são os direitos e deveres dos clubes. Porque a organização das competições tem que atender aos interesses dos clubes e não apenas da federação, a modalidade é praticada no clube e entre eles, foram os clubes que fundaram a FHERJ;

 A FHERJ tem que estar atenta aos regulamentos e as documentações dos atletas e das equipes, muitas vezes, como ocorreu no ano passado, nos cobram taxas administrativas e quando vamos pedir para verificar a regularidade de algum atleta não existe controle algum e nos negam informações, favorecendo equipes e atletas em estado irregular. A Comissão Disciplinar da FHERJ deve ser ativa, ágil e justa com as equipes e atletas, procurando atender as necessidades indispensáveis para o crescimento do esporte, prezando pela lisura da competição. Sem regras e justiça, é jogar por jogar, não tem futuro!!

 No ano passado houve um erro muito grave de informação e controle na categoria Junior masculina no que diz respeito da idade limite para participar da competição. Nos foi avisado (Niterói Rugby) que a idade máxima era de (20 anos), porém tenho confirmado que uma outra equipe jogou com atleta de 21 anos. Quem é o responsável por esse controle já que não tenho acesso aos dados dos atletas das outras equipes? Só fiquei sabendo dessa irregularidade posteriormente ao término da competição, e agora? Tenho certeza que se houvesse um controle na entrega das documentações esse fato seria evitado.

 A FHERJ tem que definir se o Campeonato é Estadual ou Carioca, são dois conceitos diferentes e devem ser muito bem explicados. Já tivemos a participação de cidades como: Campos, Teresópolis, Volta Redonda, Resende e hoje temos o retorno da tradicional equipe de Petrópolis. Todos sabemos que o custo é muito maior para a equipe de fora da região metropolitana do que para nós que temos que ir lá jogar apenas uma vez. Mas não podemos impedir e nem desestimular a participação dessas equipes, o que temos que ter são regras rígidas quanto ao W.O. e isso eu ainda não vi a FHERJ fazer. No Campeonato de 2009 tinham 2 equipes de Campos, 50% dos jogos tiveram W.O., essa competição foi uma vergonha. O que temos que saber primeiramente é se as equipes de fora têm condições de participar de todos os jogos e fazê-las cumprir isso, punindo de forma rígida as equipes da região metropolitana que não forem jogar nesses locais;

 Dentro do que foi falado anteriormente vem o conceito vinculado no Congresso Técnico de: “Vender a Competição”. A FHERJ está cometendo um erro grave e parece que o voto da nossa equipe foi vencido. A federação quer ter o controle de mando dos jogos da semifinal e final do que ela diz ser “CARIOCÃO” de handebol. Essa foi demais!!! Não entra na minha cabeça a possibilidade da minha equipe, que preza por uma parceria entre o NRFC, que comemora 30 anos de handebol e o CHRJ, no seu 1º ano, não disputar um jogo das semifinais e finais em casa, na quadra aonde treinamos, diante da nossa torcida e família. Por que isso aconteceria? Vender o quê e pra quem? Por que eu jogaria a final do campeonato, um exemplo, entre Niterói Rugby / CHRJ X Nilópolis H.C. em Macaé, em troca do que? Vão pagar quanto? Esse assunto está nebuloso e precisa ser discutido, mesmo porque a competição é organizada pela FHERJ, mas é bancada pelos clubes e atletas. Se isso foi aceito pelos dirigentes dos clubes presentes na reunião e parece que foi, fica difícil acreditar na maturidade administrativa desses dirigentes. Vamos ver!!!

 Outro ponto que me parece questionável e absurda é a obrigatoriedade de jogar com a bola Kempa, empresa de material esportivo parceira da FHERJ. A federação já no ano passado, implantou uma norma que obrigava as equipes de jogarem a sua competição com a bola Kempa. Não sabemos que parceria é essa e quanto a Kempa dá para a FHERJ, no entanto a FHERJ não pode nos obrigar a ter nenhum material que a mesma, pelo menos, não tenha cedido um produto. É claro que não jogamos e que a norma não foi cumprida! Porém nesse ano, quando a equipe efetuar o pagamento da inscrição da competição, ela receberá 1 (uma) bola Kempa e terá que apresentá-la nos jogos. O grande problema com as bolas da Kempa é que elas apresentavam um defeito no bico da bola que as inutilizava, já tive a oportunidade de comprar o material e de dez bolas que comprei perdi cinco bolas com esse problema. Uma vez afirmei esse fato para um dirigente da FHERJ, representante de vendas da marca, e falei que gostaria de comprar as bolas desde que ele trocasse o material se apresentassem problemas, ele desconversou e não me respondeu, falo isso porque tive dificuldades em trocar as minhas bolas Kempa na loja que comprei e só consegui trocar por bolas de outra marca. A parceria é importante mas o cumprimento da lei do consumidor é mais, se houver a garantia da troca do material se o produto apresentar algum problema, eu fecho de comprar as bolas dessa marca para ajudar na parceria;


 Alguns assuntos abordados aqui já foram ditos pessoalmente para os interessados e serão ditos sempre, mas não são assuntos internos, por isso faço questão de compartilhar com outros interessados no conteúdo deste documento. Disponho-me a ser formador de opinião nessa disciplina porque pratico a modalidade há muito tempo e dediquei a minha vida a esse esporte. Vejo muito pouca opinião sobre o assunto e pouca discussão sobre nossa realidades e alternativas para o crescimento do esporte. Não é o meu objetivo concorrer a nenhum cargo político ou administrativo na modalidade, meu objetivo é o fortalecimento dos clubes, das instituições e das competições, transformar os nossos jogos em eventos para nos trazer receita e pagar os nossos profissionais e atletas. Sou Presidente do Clube de Handebol Rio de Janeiro e é essa a função que eu exerço. Obrigado!!

Luciano Peçanha

7 comentários:

  1. É amigo, o nosso esporte está sendo mal administrado no Rio de Janeiro, as pessoas responsáveis pelo esporte no Rio só devem estar pensando em si próprio, pq nós q sustentamos o esporte ñ estamos sendo respeitados e sendo levado a fazer oq eles querem, PARABÉNS Luciano pela iniciativa de querer esclarecimentos sobre oq acontece fora da quadra, muita gente está dormindo sobre isso e ngm melhor pra falar como vc q está nele a muito tempo e tem um curriculo invejável para muitos. Estamos juntos, vamos correr atras dos nossos direitos!!!

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  2. Obrigado Rodrigo!! Todos temos direitos e deveres para cumprir, é importante que saibamos até aonde vai o direito da FHERJ em vender uma competição sem o interesse dos clubes.
    Vamos ver a repercurssão disso e de que forma vamos conduzir o desfecho, mas de cara já te digo que responsáveis por equipes já estão arrependidos da decisão que tomaram na reunião. Precisamos de mais informações sobre esse negócio, vamos defender os nossos interesses!!
    Obrigado!!

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  3. Gostei Luck!
    Tem mais uma coisa;
    Os caras estão lá um tempão, isso que é ...
    Estou com vc, oque disse está certo.
    Peçanha para Presidente tenho certeza que ia mudar para melhor.

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  4. Vi que o Rômulo, Vice-presidente da FHERJ, comentou no blog e depois retirou o comentário, mas ficou registrado no meu e-mail o que ele escreveu. Conheço o Rômulo desde os 10 anos, começamos a jogar handebol na mesma escola e nas mãos do grande Profº Omar Teixeira e ainda por cima moramos no mesmo bairro, em Niterói. Até aonde eu sei o Rômulo faz um trabalho voluntário na FHERJ, como eu faço no clube, temos o mesmo objetivo, o crescimento do handebol no nosso estado, no entanto temos atividades diferentes dentro do esporte, porém complementares. Em respeito a sua escolha de não publicar o comentário, não falarei o que ele escreveu.
    O Rômulo foi muito educado, provando o que eu já sabia sobre ele, mas ficou mais claro pra mim, dentro dos seus comentários, que o fortalecimento dos clubes é a única solução para o handebol do nosso estado. Sendo assim, como uma relação de causa e conseqüência, somente com uma federação organizada, exigente e justa, poderemos ajudar a selecionar pessoas e clubes capacitados a fazer uma competição de nível. Tendo uma competição de nível e participativa, começaremos a resgatar uma imagem positiva do nosso esporte o que nos eleva a uma condição de possíveis beneficiários de ajudas e patrocinadores. Eu me preocupo com o que a FHERJ faz porque tenho certeza que as conseqüências da sua boa ou má administração me afetarão diretamente, para o bem ou para o mal. Vou fazer o melhor trabalho que eu puder porque eu sei que o meu sucesso pode influenciar positivamente nos trabalho da FHERJ e no trabalho de outros clubes.

    Obrigado!!

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  5. Luciano ,

    É a segunda vez que tento escrever um comentário para dizer que não retirei o que escevi , apesar de grande gostaria que todos pudessem ler, pois acho que fiz apenas algumas considerações para que todos que comentam não pensem que a Fherj é uma instituição fechada e inoperante. Temos solicitado cada vez mais a participação das equipes que fazem o handebol na solução de problemas.
    Se conseguir , peço que publique,

    Romulo

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  6. Bom dia!
    Eu joguei muito handbol na época de escola e gostava muito. Por isso gostaria muito de voltar a jogar em algum clube aqui no Rio de Janeiro. Vocês saberiam me informar se tem algum e qual? Minha idade é 31 anos... Eu só posso treinar no horário da noite ou nos finais de semana, pois trabalho durante o dia.

    Fico no aguardo de uma resposta.

    Att,

    Fabrícia Ribeiro

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  7. Msesportesocial.zip.net
    Oi
    Precisamos de material de treino
    De treino. Pra nossas criancas do handebol

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